Sílvio Pistelli, hoje é também funcionário aposentado da EAVM/EAFI.
Velho amigo do meu pai e pela família. Pessoa fiel, sincera e de alma aberta; e assim, ao quanto lembro, até última hora guardou a velha amizade.
Além de conselheiro apaziguador da molecada, Seu Sílvio era ferreiro. Forja, marreta e bigorna espoucavam e zuniam ritmadas. E pela forma e contorno o ferro se amoldava ao desejo dos deuses, depois do fregues e, por fim, dele próprio conforme melhor lhe aprouvesse.
Seu Sílvio tecia obras de arte. Primeiro, dobrava o ferro. E depois surgia a utilidade. Era magia estendida pelo ferro o "vir a ser" formado pela vontade tonitruante dos deuses a moldar, rebater, repicar, repetir e tornar matéria a faisca vermelha. Enquanto o ferro contorcia sem queimar o avental de couro enegrecido - parede de arte; separada, à parte.
Ah, sim.
Seu Sílvio regulava os excessos das "zalunada" na oficina. Mas nunca recusou convite para galinhada enquanto a forja descansava de mais uma atividade criativa, humorada, dionisíaca. Galinhas do boa procedencia ele deixava. Mas galo vindo não se sabe d'onde, não. Esses ele mandava devolver.
Pois para o Seu Sílvio, o trabalho era prazer. Sendo resto, histórias para contar.
Outro dia, encontrei o Seu Sílvio. Tirei essa foto. Mas, prometo, vou publicar outras, ainda dos idos de 1960 - guardadas também com imenso carinho por aquela época.
Pois é, Seu Sílvio! Que a vida longa ainda o tenha para alegria de todos nós em Inconfidentes, uai!
terça-feira, novembro 28, 2006
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